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Foto do escritorGoianArte

O incrível Mapa do Mundo que em 1457 deu inicio a um novo mundo.

Atualizado: 24 de set.


Portugal começava a dominar as rotas de comércio com o norte de África na entrada do Mediterrâneo.


Depois de algumas escaramuças internas, D. Afonso V aconselhado por seu tio, o famoso Infante D. Henrique, percebe que a ligação com os mouros de África pode ser proveitosa para os crescentes negócios do reino.


Em 1453, Constantinopla (atual Istambul na Turquia), cidade que tinha sido o centro da cristandade e sede do papado desde a queda do Império Romano, foi conquistada pelos muçulmanos, retirando aos cristãos da Europa o domínio das rotas comerciais com o oriente.


O Papa, tentando reconquistar a cidade, convoca uma nova cruzada em 1456 contra os muçulmanos, para recuperar Constantinopla, ao que D. Afonso V responde formando um grande exército pronto para a batalha.


Contudo, o Papa acaba por desistir dessa ideia, e D. Afonso V com o seu exército formado, decide usá-lo, para avançar com a conquista das rotas comerciais do Norte de África, conquistando em 1458, Alcácer Ceguer, seguindo para Anafé, Arzila e Tânger.

Com as novas conquistas e as viagens organizadas pelo seu tio o Infante D. Henrique, foram estabelecendo entrepostos comerciais ao longo da costa de África, que permitiram aos Portugueses dominar o comércio de especiarias, ouro, marfim e outras riquezas no norte e oeste de África, enchendo os cofres rapidamente.


Nas suas viagens exploratórias e nos contatos com os povos árabes, o Infante D. Henrique percebe que era possível chegar às índias contornando África, e convence seu sobrinho o rei D. Afonso V a encomendar o mais completo e melhor mapa do mundo possível, para que se pudesse orientar nas viagens.



Na época os mapas não eram feitos para orientar nas viagens, durante séculos na Europa os mapas eram mais representações simbólica de carácter religioso do que guias para orientação no espaço.


Apresentavam uma terra plana, dividida em três áreas Europa, Asia e África, cercadas por um oceano que terminava abruptamente num mar habitado por monstros.



A igreja impedia que se alterasse a ideia que se tinha da Terra, durante séculos os monges copistas apenas reproduziam o que a igreja aceitava, apesar de algumas evidencias que contradiziam muito do que era copiado por eles.




Com as viagens que os Portugueses empreendem em direção a sul, ultrapassada a região que se dizia ser o fim do mundo, e motivados pelas riquezas então obtidas com os povos de África que iam contatando, os Portugueses entenderam que os mapas que existiam não eram adequados, o melhor que havia eram os árabes mas mesmo assim limitados.


É por essas razões que em 1457 D. Afonso V, decide pagar uma autentica fortuna e encomenda a um frade de Veneza, considerado o melhor cartógrafo da época, um mapa do mundo que reunisse a maior quantidade de informação possível.


Fra Mauro cria então o grande mapa que enviou dois anos depois ao rei de Portugal, com uma carta encorajando o Infante D. Henrique a continuar suas descobertas.


Mas infelizmente o original desapareceu, no terramoto de 1755 Lisboa foi completamente destruída e os inúmeros mapas que havia no palácio real foram definitivamente perdidos para sempre.


Se o original se perdeu como temos esta cópia?

Aí começa uma parte interessante da história deste mapa. Quando fez a encomenda para o rei de Portugal, Fra Mauro fez dois mapas exatamente iguais, enviou uma para a corte de Portugal e guardou o outro.


Durante muitos anos o original que ficou guardado ficou esquecido no mosteiro de S. Miguel em Veneza onde foi criado, até que em 1804 um cartografo inglês fez uma cópia.

A partir desse momento o interesse sobre o mapa aumentou e hoje é considerado um dos mais importantes mapas da história da humanidade.


A imagem que disponibilizamos é a reprodução desse original feito por Fra Mauro ao mesmo tempo que fez o que enviou para D. Afonso V de Portugal.


Este é o maior mapa e com mais informação feito até esse momento, medindo 2,23 x 2,33 m.


Além de ser o mais preciso na representação geográfica, contém muitíssimos comentários sobre cada região, compilando de forma pormenorizada o conhecimento do mundo que se tinha na época, o que nos permite saber como eles viam o mundo e as diversas culturas com que contactavam e comerciavam,

informações importantíssimas para os portugueses que pretendiam controlar as rotas comerciais de ouro, marfim e especiarias.










Além das informações colocadas no mapa pelo autor, tem sinais muito interessantes e menos evidentes, como por exemplo a marca de uso que se pode observar no local onde se situa Veneza.

O que nos mostra que muitas vezes os dedos dos observadores foram colocados nesse local para se localizarem no mapa.

Interessante é observar que este mapa é um dos últimos a seguir a orientação do mapa com o Sul na parte superior e o Norte na parte inferior. Com as viagens dos Portugueses em pouco tempo seria adotado o modo de representação que hoje usamos.

É interessante observar também, o rigor com que as regiões são representadas dando a entender que o autor já fazia esforço para não representar a forma esférica.



Todos os pormenores que aqui referimos e muitíssimos mais que não são aqui referidos por uma questão de espaço, fazem deste mapa uma preciosidade cheia de surpresas e descobertas interessantes. Ter uma reprodução desta maravilhosa obra como decoração é uma referencia cultural e histórica com um dos momentos mais importantes da história da humanidade.


Encomende este maravilhoso mapa e receba em poucos dias. Os seus amigos ou quem visitar o seu espaço vão se surpreender e admirar esta fantástica e exclusiva obra.







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1 Comment

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Guest
Sep 19

maravilhoso vou ver na loja

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