Numa época em que a Europa descobria o mundo e os Reis com os cofres cheios de riquezas que lhes chegavam dos novos mundos, se tornavam cada vez mais poderosos e detentores de poderes absolutos, os Bobos eram os únicos que podiam dizer tudo o que os outros não podiam.
Só eles, através de comédia e provocações, poderiam contradizer o rei, ridicularizar suas políticas e criticar abertamente suas decisões.
Satirizavam a realeza, zombavam das falsas virtudes, expunham a miséria humana sem que sofressem a ira dos poderosos.
Nesta curiosa gravura podemos ver um mapa do mundo então conhecido, como se fosse a cabeça de um bobo, enquadrado e embutido num chapéu de bobo com os típicos guizos.
Mas o mais enigmático e surpreendente são as legendas contidas na imagem, que segundo alguns eram farpas apontadas ao rei que se revestia de poder absoluto e à sociedade da corte do século XVI, que viram este mapa que lhes dizia uma verdade desconfortável: o mundo é um lugar escuro, irracional e perigoso, e a vida é difícil e curta.
Intitulada “O mundo na cabeça de um louco” a gravura parece deixar algumas mensagens enigmáticas a quem a observava.
Na imagem pode-se ler mensagens como:
"Reis e homens fazem projetos dos quais Deus ri"
"Demócrito de Abdera riu do mundo, Heráclito de Éfeso chorou sobre ele, Epitônio Cosmopolita o retratou"
Ou a enigmática, "O capacete, digno de uma dose de heléboro", fazendo referência a uma planta conhecida e usada desde a antiguidade como um alucinógeno .
As ações dos governantes foram assim classificadas pelo bobo da corte e pela imprevisibilidade do próprio mundo.
A citação latina sobrepujando o mapa, atribuída a Plínio, o Velho, resume o conceito:
"[...] uma vez que em todo o universo a Terra nada mais é; esta é a substância da nossa glória, esta é a sua morada, é aqui que ocupamos posições de poder e ansiamos por riqueza, lançando a humanidade em confusão e até provocando guerras civis "
A razão para este grande número de desordens e conflitos na terra é explicada por outras citações na parte inferior da imagem.
O autor primeiro cita o texto bíblico de Eclesiastes duas vezes e no queixo do bobo da corte, encontramos as palavras "o número de loucos é infinito"
Esta reprodução é uma edição exclusividade da ®Goianarte disponibilizada pela primeira vez no Brasil para efeitos de decoração que pode acessar clicando aqui
Esta é uma rara, surpreendente e interessante imagem de grande valor histórico, que é reproduzida com muito grande qualidade.
Uma imagem repleta de detalhes que, como objeto de decoração valorizará o espaço onde for colocada, provocando curiosidade, admiração e surpresa em quem o visitar.
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