Esta pintura, datada de 1784, está na origem de uma das mais interessantes histórias da aviação.
Bartolomeu de Gusmão nasceu em Santos, S. Paulo, tendo ido para Coimbra para estudar na Universidade.
Em 1708 pediu ao Rei D. João V que lhe concedesse o privilégio para construir um "instrumento de andar pelo ar".
A história de Bartolomeu era que, com esse aparelho, o rei poderia receber e enviar mensagens aos exercitos mais rápidas - "Diz o licenciado Bartholomeu que ele tem descoberto um instrumento para andar pelo ar da mesma sorte que pela terra, e pelo mar, com muita mais brevidade, fazendo muitas vezes duzentas e mais léguas de caminho por dia, nos quais instrumentos se poderão levar os avisos de mais importância aos exércitos e terras mais remotas, quasi no mesmo tempo em que se resolvem"
E que podiam ser decobertas mais terras - "Descobrir-se-ão as regiões mais vizinhas aos Pólos do Mundo, sendo da Nação Portuguesa a glória deste descobrimento, além das infinitas conveniências que mostrará o tempo. "
E que obviamente precisava de dinheiro para isso... (vem de longe essa história de projetos para enfiar dinheiro no bolso...)
D. João V concedeu o privilégio e ainda financiou o projeto de desenvolvimento e construção do "instrumento de andar pelo ar".
Em 1709 Bartolomeu apresenta perante as maiores figuras do estado e embaixadores de outros países, um pequeno balão de ar quente feito de papel que, perante a admiração dos presentes, se elevou até ao teto da sala, tendo que ser derrubado com varas para evitar que pegasse fogo ao forro do teto.
Convém saber que os portugueses por essa altura, mantinham frequentes contatos com a China, onde havia o hábito de fazer elevar balões de ar quente, o que permite admitir que Bartolomeu tenha tido, no minimo, ouvido falar disso.
Parece que depois desse evento Bartolomeu, enfiou o dinheiro no bolso, mas não avançou com o projeto. Até que, em 1783 em França, os irmãos Montgolfier apresentaram e utilizaram um balão de ar quente com sucesso.
Aí apreceram vários relatos do "instrumento de andar pelo ar" do brasileiro Bartolomeu de Gusmão, tentando atribuir a ele o invento, havendo mesmo um relato de um voo numa "passarola" em Lisboa, que segundo se acredita nunca aconteceu, pois pela descrição do tal "instrumento de andar pelo ar", seria tecnicamente impossivel de voar.
Esta pintura da época onde é apresentada a passarola, foi utilizada para defender a ideia de que o brasileiro Bartolomeu de Gusmão realizou esse voo antes dos irmãos Montgolfier.
Este é uma muito interessante pintura que nos permite reviver esse curioso acontecimento da história da aviação e que, como elemento de decoração, valorizará o espaço onde for colocado, provocando curiosidade, admiração e surpresa em quem o visitar, motivando comentários e conversas estimuladas pela imagem.
Os seus amigos, colaboradores ou clientes vão admirar e relembrar, no futuro, esse requintado elemento de decoração no seu espaço.
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